quarta-feira, 14 de maio de 2014

Período do Terror e a participação dos Sans-Culottes


  • Na Revolução Francesa, o Reino do Terror, ou simplesmente O Terror, foi um período compreendido entre agosto de 1792 (queda dos girondinos) e 27 de julho de 1794 (prisão de Maximilien de Robespierre, ex-líder dos Jacobinos). Durante esse período as garantias civis foram suspensas e o governo revolucionário,controlado pela facção da Montanha dentro do partido jacobino, perseguiu e assassinou seus adversários, cerca de 17.000 pessoas foram guilhotinadas. O Terror durou aproximadamenteum ano, de meados de 1793 a meados de 1794.
  • O que inicialmente era uma perseguição velada aos girondinos tornou-se uma perseguição geral a todos os "inimigos" da Revolução, inclusive alguns elementos jacobinos ou que sempre haviam apoiado a mesma, como Danton. O Comitê de Salvação Pública era o órgão que conduzia a política do terror; sua figura de maior destaque foi Robespierre.

  • Após a instituição da Convenção, o governo, precisando do apoio das massas populares (os sans-culottes) promulgou diversas leis de assistência e garantia dos direitos humanos estabelecidos pela revolução (liberdade, igualdade, fraternidade). Houve certa resistência contra essas leis, que se somava à pressão externa contra a França.
  • O Terror terminou com o golpe do 9 de Termidor (27/28 de julho de 1794), que desalojou Robespierre do cargo de presidente do Comitê de Salvação Pública e no dia seguinte, Robespierre e Saint-Just e mais de uma centena de jacobinos foram executados na guilhotina.

  • Após o fim do período do terror, a revolução francesa assumiu definitivamente um caráter burguês, com o poder nas mãos do diretório (alta burguesia).

  • Durante a Revolução passaram também a ser referidos como grupos políticos mais radicais, constituindo a base de apoio dos políticos populares. Estes iriam implementar as políticas mais radicais a partir do aparelho de Estado, principalmente durante o período denominado de Terror, entre 1793-1795, liderado pelos Jacobinos.

  • Mas, além da função de apoio aos jacobinos, os sans-culottes tinham práticas sociais distintas, que os caracterizariam como um grupo social que prezava pela igualdade entre os cidadãos. Os sans-culottes formaram, em 1790, a Sociedade Fraternal dos Patriotas de Ambos os Sexos e também a Sociedade dos Condeliers, que no ano seguinte passou a liderar o movimento, criando posteriormente um comité central das sociedades com o intuito de coordenar as acções dos sans-culottes. Essas sociedades  formaram-se como resposta dos sans-culottes à exclusão da participação na vida política, decretada em Dezembro de 1789, instituindo o voto censitário. Como não tinham propriedades e também não tinham capacidade de contratar assalariados, os sans-culottes não podiam votar. As associações foram a forma de organização política e social encontrada para que se colocassem activamente dentro do processo de transformação social que foi a Revolução Francesa.

  • Com o crescimento das sociedades e da força social dos sans-culottes, leis de repressão e de organização das reuniões foram feitas, procurando controlar uma acção política e social mais activa das camadas populares. 

  • Devido à sua força social, os sans-culottes conseguiram ser também protagonistas no processo revolucionário francês, radicalizando as acções de transformação social e sendo alvo das acções repressivas das classes dominantes quando estas voltaram a ter o poder.

Seus líderes

  • Entre eles destacavam-se Marat, Robespierre e Danton.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O que eles queriam para a França


  • No dia 2 de junho de 1793, os chamados sans-cullotes tomaram o governo francês e promoveram a expulsão de todas as lideranças políticas conservadoras.

  • A expressão sans-cullotes tem origem francesa e era utilizada para quem não utilizava um tipo de calça curta típica do vestuário dos nobres e burgueses que tinham boa vida. Inicialmente, visto como elemento de distinção social, os sans-cullotes usavam calças compridas e boinas vermelhas. Em geral, representavam os pequenos comerciantes, artesãos, assalariados, camponeses e mendigos do país.

  • No contexto da revolução, os sans-cullotes passaram também a simbolizar os grupos políticos que defendiam o aprofundamento das reformas políticas e a tomada de ações de natureza popular. No período em que estiveram no poder, os membros desta classe oficializaram o tabelamento dos preços e impuseram violenta perseguição política àqueles que pudessem ameaçar a revolução.

  • Carentes de um projeto político mais claro e consistente, os sans-cullotes se viram obrigados a repassar o governo para as mãos da alta burguesia. Mesmo perdendo o papel de líderes da Revolução Francesa, os sans-cullotes acabaram simbolizando a reviravolta que se desenvolvia no país. Com o passar do tempo, sua imagem se tornou sinônimo de luta contra as desigualdades e das próprias camadas populares.


domingo, 11 de maio de 2014

Introdução


  • Sans-culotte foi a denominação dada pelos aristocratas aos artesãos, trabalhadores e até pequenos proprietários participantes da Revolução Francesa a partir de 1711, principalmente em Paris.

  • Livremente traduzido da língua francesa como "sem culotes", o culote era uma espécie de calções justos que se apertavam na altura dos joelhos, vestimenta típica da nobreza naquele país à época da Revolução. Em seu lugar, os "sans-culottes" vestiam uma calça comprida de algodão grosseiro, traje típicamente utilizado pelos burgueses.